#CronicaAleatoria – Nem tudo quer dizer alguma coisa

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Quase todo mundo que conheço tem uma mania muito humana: tentar acreditar que tudo é um sinal ou uma resposta para suas questões atuais. A partir disso a gente encaixa música, filme, citação em post do Instagram e outras várias coisas em nossas vidas como sinalização de sentido ou direção do momento atual. Não sei os outros, mas sinto que preciso parar com isso.

Que audácia é essa do bonito aqui achar que o universo vai mudar seu percurso para fazer uma mensagem chegar até mim? O quão especial ou pretensioso eu sou para achar que mereço tamanho deslocamento de movimento universal? Segundo pesquisas atuais, somos 7,8 bilhões de habitantes e eu não consigo pensar mereça tal manifestação de força divina ou o que quer que seja.

Na adolescência eu cansa daquela brincadeirinha boba de pensar “se tocar tal musica ou música de tal band/artista fulaninho está pensando em mim”. Mano, agora eu olho para trás e penso “Braian, que falta de racionalidade é essa?”. Nada contra quem já passou da adolescência e ainda faz. Tenho até amigos que fazem. Mas qual é a chance de se sentir idiota tempos depois? Acho que todas.

Bem, acho que não há uma forma de concluir tal tema já tendo expondo de forma clara meu ponto de vista. Fica o registro para eu me lembrar de parar tentar que existem sinais do universo para seja lá o que for. Ah, mas se alguém acredita, parabéns.

#CronicaAleatoria – Tudo vai ficar como sempre fica

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Esses dias eu estava com várias questões minhas e alguns problemas me atormentando e daí me peguei pensando “depois disso com é que tudo vai ficar?”. Foi aí que lembrei que tudo passa e depois que passa tudo fica como sempre fica.

A gente já teve problemas antes e já passou por eles. Sabemos que passa. Tendo um fim ótimo ou um fim catastrófico. E depois? Depois a gente fica triste ou muito feliz e daí a vida segue e a gente fica no estado de vivendo a vida até que algum momento memorável, para o bem ou para o mal, reapareça.

O que vale mesmo é sempre se lembrar que quando uma questão se resolve para o bem ou para o mal, o aprendizado sempre vem. E tudo vai ficar como sempre fica.

#dominical – Não “mimimize” a dor alheia

Imagem do Instagram @linhasdesampa

Poucos minutos antes de começar a escrever li um post no Instagram que dizia: “mimimi é a dor que não dói na gente”. Isso veio como um tapa na cara e um sentimento de raiva somado a vergonha alheia (preciso dizer de quem?) e uma tristeza que não consigo descrever. A moral é que, infelizmente a gente vive fazendo isso.

Não tô tentando justificar o que aquele que nem vou mencionar falou. Pelo contrário, endosso que ele é o ser mais insensato que já se teve notícias na vida. Mas, quero aqui focar na indelicadeza que cometemos no cotidiano, por vezes sem perceber, ao minimizar o do que o outro reclama, ou apenas desabafa.

Fulana acabou com o namorado e o ciclano diz que ela precisa ficar de boas, relaxar, porque vai passar. A mãe reclama da dor no joelho e o filho manda tomar remédio ou procurar o médico. Criança chama pela mãe chorando e ela, sem pensar duas vezes, lhe estende o smartphone. Viu? A gente vive silenciando a dor do outro e minimizado de alguma forma.

Não, eu não sou aquele que tá aqui pra dizer que é um cara incrível e que faz diferente. Eu, como qualquer um, faço com muita frequência e só percebo depois de feito. O que me anima é que, além de identificar, tenho buscado me corrigir. Se a amiga tá mal pelo boy, lhe dou ouvidos e busco junto dela tentar encontrar um conforto ou apenas estender a mão tal como posso e assim sigo tentando ser melhor nesse aspecto.

Reparando bem, TÁ TODO MUNDO MAL. Só que, como bons brasileiros que somos, a gente acha graça até na desgraça. Então, a gente minimiza pra não encarar com pesar. Mas, se o olhar for mais delicado e minucioso, podemos atenuar um mal grave: a indiferença com a dor alheia.