#CronicaAleatoria – Nem tudo quer dizer alguma coisa

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Quase todo mundo que conheço tem uma mania muito humana: tentar acreditar que tudo é um sinal ou uma resposta para suas questões atuais. A partir disso a gente encaixa música, filme, citação em post do Instagram e outras várias coisas em nossas vidas como sinalização de sentido ou direção do momento atual. Não sei os outros, mas sinto que preciso parar com isso.

Que audácia é essa do bonito aqui achar que o universo vai mudar seu percurso para fazer uma mensagem chegar até mim? O quão especial ou pretensioso eu sou para achar que mereço tamanho deslocamento de movimento universal? Segundo pesquisas atuais, somos 7,8 bilhões de habitantes e eu não consigo pensar mereça tal manifestação de força divina ou o que quer que seja.

Na adolescência eu cansa daquela brincadeirinha boba de pensar “se tocar tal musica ou música de tal band/artista fulaninho está pensando em mim”. Mano, agora eu olho para trás e penso “Braian, que falta de racionalidade é essa?”. Nada contra quem já passou da adolescência e ainda faz. Tenho até amigos que fazem. Mas qual é a chance de se sentir idiota tempos depois? Acho que todas.

Bem, acho que não há uma forma de concluir tal tema já tendo expondo de forma clara meu ponto de vista. Fica o registro para eu me lembrar de parar tentar que existem sinais do universo para seja lá o que for. Ah, mas se alguém acredita, parabéns.

3 últimos lidos: com Jout Jout, Tati Bernardi e Matheus Rocha

Na última semana eu finalizei três leituras e estava ansioso para compartilhar aqui. Fica aqui o registro de minhas impressões das obras da foto acima.

Tá Todo Mundo Mal, da Jout Jout

Jout Jout tem um jeito de escrever que se assemelha muito a forma como ela fala em seus vídeos do YouTube. Sendo assim, você pode esperar por algo que sempre aborde os temas propostas de forma profunda, pensada e repensada em diferentes ângulos. Essa é a graça e originalidade da autora, que em quase duzentas páginas nos faz mergulhar em suas crises, que são as mesmas que muitos de nós temos, mas que têm aquele ponto de vista ou humor realista que a Jout Jout tem.

Nota: 4/5 ⭐⭐⭐⭐

Homem-objeto, de Tati Bernardi

Uma das autoras mais inteligentes e bem humoradas da literatura contemporânea, Tati Bernardi nos contempla com essa coletânea de crônicas que abordam muito de suas particularidades e ao mesmo tempo conseguem nos atingir pela sua humanidade exposta, sempre de forma muito bem humorada e sarcástica. Sem medo de expor família e quem mais estiver em seu meio de convívio, a escritora se expõe e faz disso o ponto alto de sua literatura. É impossível terminar a leitura não desejando mais.

Nota: 5/5 ⭐⭐⭐⭐⭐

Não Me Julgue Pela Capa, de Matheus Rocha

Poético e acolhedor é o mínimo que posso descrever dessa leitura. Entretanto, ler sobre ansiedade pode ser um belo gatilho para muita gente que sofre desse mal. Por mais que o autor tente estender sua mão em palavras honestas e sinceras e se expondo para que se tenha intimidade e confiança, chega um momento em que o tema fica cansativo e nem mesmo o carinho que transborda da escrita do autor sustenta a exaustão. Por isso demorei muito a concluir a leitura. Infelizmente, ou felizmente, pois pode ser mais útil a outra pessoa, vai para a prateleira dos livros para doação.

Nota: 2/5 ⭐⭐

#CronicaAleatoria – Tudo vai ficar como sempre fica

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Esses dias eu estava com várias questões minhas e alguns problemas me atormentando e daí me peguei pensando “depois disso com é que tudo vai ficar?”. Foi aí que lembrei que tudo passa e depois que passa tudo fica como sempre fica.

A gente já teve problemas antes e já passou por eles. Sabemos que passa. Tendo um fim ótimo ou um fim catastrófico. E depois? Depois a gente fica triste ou muito feliz e daí a vida segue e a gente fica no estado de vivendo a vida até que algum momento memorável, para o bem ou para o mal, reapareça.

O que vale mesmo é sempre se lembrar que quando uma questão se resolve para o bem ou para o mal, o aprendizado sempre vem. E tudo vai ficar como sempre fica.

Último lido: Depois A Louca Sou Eu, de Tati Bernardi

Imagem: acervo pessoal

Eu não sabia que podia me identificar tanto com uma obra, não até adquirir o sucesso literário que baseou o filme homônimo, que é, também, incrível.

A obra revela toda a comicidade de Tati Bernardi em entregar a si, em sua auto ficção, rindo de si mesma e se expondo tanto quanto se tivesse vazado uma sex tape sua. E, claro, sexo também está presente em sua escrita. Afinal estamos falando de uma mulher, bem sucedida e bem resolvida, ao menos até ser lida e entendida nas minúcias de sua auto exposição.

Porque é Quase Hype? Porque o humor sempre será algo que une a todos, embora nem sempre exaltado. Por isso “Quase Hype”, embora um sucesso.

Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐

#DicaDeLivro – Não Me Julgue Pela Capa, de Matheus Rocha

Tá difícil passar por esse período de pandemia, um mar de notícias ruins se comparadas as escassas notícias boas. Em meio a isso a gente sente ansiedade, tristeza, angústia e perde o sono. Eu sei, passei por isso na “quarentena”, mas eu trouxe hoje uma dica que é um abraço quentinho. Juro que é essa a sensação que tenho ao ler Não Me Julgue Pela Capa.

A obra tem frases “especiais”, em páginas mais chamativas com desenhos ou imagens,
que parecem ter sido escritas diretamente para a gente.

Sabe quando tu e teu melhor amigo combinam de dormir na casa de um dos dois e fazer noite da pizza com coca-cola, sorvete, chocolate e confissões antes de dormir, já com as luzes apagadas? Então, esse é o clima que Matheus Rocha proporciona ao contar de sua vida, lutas e vitórias contra a ansiedade, que é algo que faz qualquer pessoa que sofre por isso sentir-se um verdadeiro vencedor quando supera uma crise ou tem um bom dia sem tê-la.

A cada capítulo se conhece mais e mais de Matheus Rocha e também se segue conhecendo as dificuldades que uma pessoa ansiosa e insegura tem. O livro tem trechos que parecem uma verdadeira confissão de amigo, contando fatos muito íntimos e como ele aprendeu a lidar com os altos e baixos dos ocorridos. Temos dicas valiosas, assim como experiências que merecem ser lidas e absorvidas.

É importante ressaltar que: tô no final da leitura, mas já quis compartilhar a dica aqui o quanto antes. Sinto que a cada capítulo a gente se sente mais íntimo do autor, difícil não se identificar com toda sua sensibilidade, seus medos, suas inseguranças. Matheus é muito inspirador e, para mim, esse livro chegou como algo que eu precisava e no momento em que precisava. Embora tenha amigos, a obra é uma excelente companheira contra essa solidão insistente que nos toma em tempos pandêmicos onde, mesmo com acesso a todos via smartphones e apps, estamos todos nos sentindo muito sós.

Meu trecho favorito, ate então.

Não Me Julgue Pela Capa é um livro que queria poder dar a todxs meus amigxs e entes queridos para sentirem-se afagados pelas belas palavras de Matheus Rocha. Dada a dica para quem quer e precisa de boas e motivadoras palavras.

#FicaEmCasa – 8 dicas para sossegar em casa

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Chegamos, infelizmente, na bandeira preta em Porto Alegre e Região Metropolitana e praticamente em todo o estado do Rio Grande do Sul. Com isso, o alerta de ficarmos em casa, da maneira como devíamos ter feito corretamente desde março de 2020 (sim, me incluo aqui), não é apenas uma dica governamental. Agora é uma regra básica de sobrevivência. Muito se comenta o famoso “ah, mas é impossível e insuportável ficar em casa de segunda a segunda”. Talvez realmente seja, mas precisamos lembrar que isso é feito por um bem maior e pensar no coletivo agora, esquecendo um pouco nosso próprio umbigo é a melhor solução.

Não serei hipócrita de afirmar que não saio. Vez ou outra encontro meu melhor amigo na pracinha, com os devidos cuidados (óbvio), saio para correr e, claro, vou ao mercado algumas vezes na semana. Mas a ideia do post é compartilhar o que tenho feito para me manter são e, quem sabe, te “pilhar” a fazer o mesmo. Talvez com algumas dicas que parecem óbvias, juntos consigamos evitar o aumento da ansiedade e fugir de um possível burnout (distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso).

Então, bora clarear as ideias e desacelerar. Aqui vão algumas dicas para adotar no seu dia a dia.

1- Acordar de dez a trinta minutos mais cedo para para fazer suas atividades matinais. Por atividades matinais, entende-se, tomar um café da manhã sem pressa e contemplar o AGORA já ao acordar. Ler jornal, ou até mesmo matar um tempinho nas redes sociais antes do home office. Essa dica também pode auxiliar a não ficar parado no trânsito e chegar já estressado ao trabalho, para quem ainda precisa sair de casa;

2- Fazer sua própria comida. Muita gente tá cansada desse papo, mas gente, sério, fazer a própria comida muda toda nossa vibe e dá aquele orgulhinho. Pode ser no dia anterior, ou mesmo uma vez na semana e congelar. Além de terapêutico, é um aproveitamento de seu tempo quando ouvindo um podcast ou aquele disco que tu gostas. É bom lembrar que focar em alimentos frescos é sempre mais interessante;

3 – Por falar em podcast. O hábito de ouvir podcasts é enriquecedor. Desde o ano passado o número de adeptos só cresce. Experimenta jogar no teu player favorito um assunto que te interessa e vais encontrar algo te esperando, com toda certeza. Quando vê se passam horas “maratonando” podcasts;

4 – Ler. Eu tenho lido um bocado. Embora eu demore a terminar um livro pois, como se vê na imagem abaixo (onde empilhei o que estou lendo no momento), leio vários livros ao mesmo tempo. Aprendi isso com Madonna, em uma entrevista em meados dos anos 2000, quando ela mostrou que lia até SETE livros ao mesmo tempo;

Um livro de poesia, um de crônicas sobre escrita, um romance e um de crônicas autobiográficas no marketing.

5 – Se cuidar, mental e fisicamente. A prática de exercícios físicos contribui para o aumento da qualidade de vida, isso é inegável. Então, aquele vídeo ou app de atividades físicas cai super bem aqui. E vale o clichê “corpo são, mente sã”;

6 – Exercite seu prazer e sua criatividade com algo que tu tenhas aptidão. Pode ser crochê, tricô, artesanato, desenhar, compor, etc. O importante é encontrar o que tu tens prazer em fazer e te tirar o pensamento de tuas obrigações. Faça disso algo terapêutico, relaxante e realizador;

7 – Contemple a natureza. Eu sei que não é sempre que se pode dar-se ao luxo de um belo passeio ao ar livre. Mas se tu puderes, ao menos uma vez na semana, em teu dia de folga, usando máscara, SIM, apreciar a natureza, deixando de lado o celular e apenas observar sua beleza e inspirar o ar puro com calma, tu terás um momento de relaxamento e paz;

8- Desconecte-se um pouco. Viva o real. Tire mais tempo para você mesmo fora do smartphone e das redes sociais. Há quem indique também que deixemos de nos conectar por 15 ou 20 minutos ao acordar e 15 ou 20 minutos antes de dormir. Tenho tentado e pode ser uma bela dica.

Dica bônus:
Escreva. Pensamentos, sentimentos, o que faz no dia a dia, diálogos criados mentalmente, planos pra quando a pandemia der uma trégua e estivermos todxs vacinados, citações, trechos de músicas que te fazem bem… Vale tudo para poder “desabafar”.

Espero que essas dicas te sejam úteis e que tu possas sentir-se melhorzinho e tente aproveitar mais teu dia a dia. Aos novos por aqui, peço que curtam minha página no facebook e me sigam no instagram.


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#DicaDeLivro : VÍCIO, de Pedro Guerra

Hoje a dica é de um livro que vejo como super hype e, claro, alternativo. Vício, do Pedro Guerra, que chegou aqui com muita identificação já nas primeiras páginas.

Imagina abrir um livro e dar de cara com “EU FUI O TEU ERRO MAIS BONITO”. Assim começa um livro muito pessoal, cheio de nuances de uma relação muito profunda, que além de relatos, tem desenhos, recortes, poemas, foto e até mensagem subliminar.

Vício, foi um caso incomum de leitura, chegando a me fazer indicar o livro no Instagram antes mesmo de ler. Me identifico total com a literatura de Pedro e com essa obra não teria como ser diferente. Creio que o sentimento e o poder que as palavras do autor carregam a cada frase nos unem. Essa identificação nos aproxima e, em momentos difíceis, nos faz sentir menos só. É como ter o melhor amigo ao alcance das mãos. Aquele amigo que te entende e sente exatamente o que tu sente em relação a sentimentos profundos que ás vezes tu não sabes descrever tal qual ele, o amigo/autor, sabe.

Em cada trecho do livro tu encontras descrições intensas sobre amor e suas vivências. Das ansiedades comuns de um apaixonado, passando por pensamentos típicos de quando estamos completamente mergulhados no envolvimento do amor e tentamos definir o que sentimos e as peculiaridades vividas na relação. Aqui tudo é exaltado de maneira poética e vívida. É impossível ler e não se identificar com um trecho ou outro, ou vários.

Há algo que também devo destacar: a capacidade de Pedro Guerra de fazer suas frases saltarem das páginas e bater direto no nosso sentimental, por vezes nos causando o sentimento descrito por ele como se estivéssemos fazendo parte de sua relação. Pedro é mestre em despertar sentimentos com uma única frase/pensamento. E isso é uma habilidade ímpar do autor.

Creio que Vício, como mencionei nos stories, veio na hora certa e, ouso afirmar, para a pessoa certa. Na primeira foto do post, temos Vício minha mão porque creio que minha tattoo (WRITER) represente meu maior vício: escrever sobre meus sentimentos e tudo que me acontece. Na segunda temos uma das frases mais incríveis do livro e a dedicatória com autógrafo, o que me aquece o coração!

Enfim, posso afirmar que, Pedro Guerra não te entrega apenas um livro, que é totalmente íntimo e muito bonito graficamente, ele te proporciona uma experiência. Duvido livro que o supere tão cedo.

Gratidão enorme, Pedro. Palavras não expressam o que sinto, acredite 🖤

Nota: parei de ler todo e qualquer livro para poder devorar Vício, sim ou com certeza?!
Nota 2: Em cada imagem tu podes clicar e ir direto para o site de compra do livro. Aproveite e confira por lá mais títulos do autor.
#FicaADica