#Dominical Sejamos ímpares

Imagem via Google

Algo que digo muito quando me identifico e gosto muito alguém é “fulano é ímpar”. Você já deve saber que chamar alguém de ímpar é explicitar que essa pessoa destaca-se facilmente dentre os demais. Sendo assim, acabei tornando uma prioridade em minha vida conviver apenas com, isso mesmo, pessoas ímpares.

Só com pessoas ímpares o silêncio não é constrangedor. É necessário certa intimidade elevada para que a ausência do verbo não cause desconforto. Mas quando estamos diante daqueles que nos permitem apenas ser, a falta da troca de palavras é algo sem importância. Seja no momento que for.

O contrário, o totalmente oposto, também acontece. Uma pessoa ímpar se sente à vontade para ser ela mesma e soltar o verbo que for necessário na sua frente. Aquele amigue que sabe te dizer da forma e na hora certa que tu estás errado? Já pode chamar de ímpar. E existe uma infinidade de qualidades que pode tornar uma pessoa diferente das outras de forma a nos fazer tê-la como ímpar. No entanto, me peguei pensando em um sentido mais profundo para aplicar essa palavrinha.

Posso afirmar que o ímpar, tal qual o número um, nosso primeiro exemplo de número ímpar, é aquele que não precisa de complemento. Sim, ele se faz único e inteiro por si só. O que me leva a afirmar também que o ímpar é aquele que não sente a necessidade de estar acompanhado. Algo que tenho vivido no momento. E assim me descobri ímpar. E não, não estou me achando especial. Estou apenas afirmando que o fato de me sentir bem sozinho e sem ter qualquer tipo de relação me leva a crer que sou bom sendo um, logo, ímpar.

Seja uma pessoa que eu admiro por ser diferente, ou original, e ter uma boa relação ou uma pessoa que se contenta em ficar solo, que celebremos nossa capacidade de ser e estar ímpar. Que sejamos ímpares.

Curte um rock? Bora pro F.I.B.R.A.

Curte um bom rock, quer uma boa oportunidade para desfrutar de boa música e, talvez, conhecer bandas que ainda não ouviu? Bora para o F.I.B.R.A. (Festival Independente de Bandas de Rock Autoral). O Festival de bandas autorais gaúchas acontece no Teatro Bruno Kiefer, localizado na Casa de Cultura Mário Quintana, no Centro de Porto Alegre no dia 20 de abril, ás 18h. O evento contará com a presença das bandas: Eletroacordes, Caminhante Flutuante, Thomas Butterfly, Volúpia, Youngs Die Young e meus amigos da Cor do Invisível (que super indico e tu podes ouvir abaixo).

Eu já tive banda independente (sim, fui vocalista, tocava gaita de boca e era o compositor) e sempre levanto a bandeira de prestigiar e apoiar a cena local, ainda mais em um evento como este que reúne o bandas do rock autoral.

Garanta já o seu ingresso no link abaixo.

https://www.sympla.com.br/evento/f-i-b-r-a-festival-independente-de-bandas-de-rock-autoral/1496510

Caso não haja mais ingressos disponíveis no link, você poderá adquirir na bilheteria do teatro.

Porque o Quase Hype voltou?

Pois bem, na última semana estive revendo posts antigos e também pensei muito em tudo que gosto de compartilhar nas redes sociais, que é basicamente o conteúdo que sempre postei aqui no blog. Lembrei de uma reflexão que minha amiga Marina Cougo (sigam ela, ela é ótima profissional da área do design e pessoa ímpar) me despertou que foi: e se as redes sociais acabarem, onde estará teu trabalho? Sim, trabalho. Aí vou ter que contar um pouco de minha história com o blog para que entendas que ele também é portfólio.

Em 2013 o blog Quase Hype teve sua primeira versão. Esteticamente simples e até muito parecido com a que temos aqui. Um ano depois, com muitos posts no ar e sempre compartilhando cultura e com foco no que acontecia de alternativo na cena local, fui contratado por uma agência de publicidade e propaganda, minha área, pois o dono do empreendimento me conheceu pelo blog. A partir daí não saí mais da área da escrita publicitária, depois entrei no planejamento e criação de campanhas e atuei também como social media. E todas essas funções realizo até hoje como profissional freelancer.

Tendo esse histórico profissional integrado na minha vida e presença digital, retomar o blog hoje é uma das coisas que mais fazem sentido para mim. Além de ser algo que me motiva, me comprometer a escrever diariamente sobre o que consumo, tanto no online quanto no off-line, e gostaria que quem me acompanha conhecesse, blogar já faz parte de minha vida pessoal e profissional há anos.

Espero que goste do que vem por aí e que meus posts possam ampliar os teus horizontes sobre cultura, moda, comportamento e estilo de vida. Tudo isso com um viés mais alternativo, claro. Com um olhar Quase Hype.

Seja bem vindo a esse renascer do blog, ou do blogueiro.

Atenciosamente, Braian Ávila

Contato: braianavillaolive@gmail.com

Último lido – Como Salvar O Futuro, de André Carvalhal

Sabe aquele ditado: “seja a mudança que você quer para o mundo”? Ela se aplica perfeitamente para esse livro, que propõe ações para que possamos “salvar o futuro” ou, ao menos, ter um futuro melhor.

Com linguagem sem gênero, já pensado para que todes (eis um exemplo) possam focar nessa mudança necessária e inclusiva, a obra apresenta onze capítulos com propostas e reflexões super interessantes, além de necessárias. Cada um nos traz uma reflexão/ação para o presente (como está explícito no sub título do livro) para que possamos ser e realizar a mudança almejamos para o nosso planeta.

André Carvalhal escreve de maneira muito clara, apresentando pesquisas, exemplos do cotidiano e até mesmo de sua própria vida pessoal que podem nos inspirar a sermos mais conscientes no dia a dia. Ao final de cada capítulo temos listas de indicações de livros, filmes, séries, documentários e também atividades para melhor entender o assunto proposto.

“Como Salvar O Futuro” é o tipo de livro que a gente tem vontade de dar de presente para todo mundo. Um livro que motiva transformações em quem lê e, também, é o tipo de obra que nos faz querer reler, principalmente as dicas, para relembrar e reforçar as reflexões das lições propostas a cada capítulo.

#CronicaAleatoria – Nem tudo quer dizer alguma coisa

Imagem via Google

Quase todo mundo que conheço tem uma mania muito humana: tentar acreditar que tudo é um sinal ou uma resposta para suas questões atuais. A partir disso a gente encaixa música, filme, citação em post do Instagram e outras várias coisas em nossas vidas como sinalização de sentido ou direção do momento atual. Não sei os outros, mas sinto que preciso parar com isso.

Que audácia é essa do bonito aqui achar que o universo vai mudar seu percurso para fazer uma mensagem chegar até mim? O quão especial ou pretensioso eu sou para achar que mereço tamanho deslocamento de movimento universal? Segundo pesquisas atuais, somos 7,8 bilhões de habitantes e eu não consigo pensar mereça tal manifestação de força divina ou o que quer que seja.

Na adolescência eu cansa daquela brincadeirinha boba de pensar “se tocar tal musica ou música de tal band/artista fulaninho está pensando em mim”. Mano, agora eu olho para trás e penso “Braian, que falta de racionalidade é essa?”. Nada contra quem já passou da adolescência e ainda faz. Tenho até amigos que fazem. Mas qual é a chance de se sentir idiota tempos depois? Acho que todas.

Bem, acho que não há uma forma de concluir tal tema já tendo expondo de forma clara meu ponto de vista. Fica o registro para eu me lembrar de parar tentar que existem sinais do universo para seja lá o que for. Ah, mas se alguém acredita, parabéns.

3 últimos lidos: com Jout Jout, Tati Bernardi e Matheus Rocha

Na última semana eu finalizei três leituras e estava ansioso para compartilhar aqui. Fica aqui o registro de minhas impressões das obras da foto acima.

Tá Todo Mundo Mal, da Jout Jout

Jout Jout tem um jeito de escrever que se assemelha muito a forma como ela fala em seus vídeos do YouTube. Sendo assim, você pode esperar por algo que sempre aborde os temas propostas de forma profunda, pensada e repensada em diferentes ângulos. Essa é a graça e originalidade da autora, que em quase duzentas páginas nos faz mergulhar em suas crises, que são as mesmas que muitos de nós temos, mas que têm aquele ponto de vista ou humor realista que a Jout Jout tem.

Nota: 4/5 ⭐⭐⭐⭐

Homem-objeto, de Tati Bernardi

Uma das autoras mais inteligentes e bem humoradas da literatura contemporânea, Tati Bernardi nos contempla com essa coletânea de crônicas que abordam muito de suas particularidades e ao mesmo tempo conseguem nos atingir pela sua humanidade exposta, sempre de forma muito bem humorada e sarcástica. Sem medo de expor família e quem mais estiver em seu meio de convívio, a escritora se expõe e faz disso o ponto alto de sua literatura. É impossível terminar a leitura não desejando mais.

Nota: 5/5 ⭐⭐⭐⭐⭐

Não Me Julgue Pela Capa, de Matheus Rocha

Poético e acolhedor é o mínimo que posso descrever dessa leitura. Entretanto, ler sobre ansiedade pode ser um belo gatilho para muita gente que sofre desse mal. Por mais que o autor tente estender sua mão em palavras honestas e sinceras e se expondo para que se tenha intimidade e confiança, chega um momento em que o tema fica cansativo e nem mesmo o carinho que transborda da escrita do autor sustenta a exaustão. Por isso demorei muito a concluir a leitura. Infelizmente, ou felizmente, pois pode ser mais útil a outra pessoa, vai para a prateleira dos livros para doação.

Nota: 2/5 ⭐⭐

#CronicaAleatoria – Tudo vai ficar como sempre fica

Imagem via Google

Esses dias eu estava com várias questões minhas e alguns problemas me atormentando e daí me peguei pensando “depois disso com é que tudo vai ficar?”. Foi aí que lembrei que tudo passa e depois que passa tudo fica como sempre fica.

A gente já teve problemas antes e já passou por eles. Sabemos que passa. Tendo um fim ótimo ou um fim catastrófico. E depois? Depois a gente fica triste ou muito feliz e daí a vida segue e a gente fica no estado de vivendo a vida até que algum momento memorável, para o bem ou para o mal, reapareça.

O que vale mesmo é sempre se lembrar que quando uma questão se resolve para o bem ou para o mal, o aprendizado sempre vem. E tudo vai ficar como sempre fica.

It boys ainda existem

Quem não se lembra do fenômeno “it girls” que fez todas as marcas voltarem seus olhos para as garotas que fazem sucesso no Instagram? Hoje em dia as mulheres seguem sendo líderes desse seguimento, mas de lá para cá os “it boys” se fazem cada vez mais notórios. Sim, os queridinhos de marcas espertas que sabem se vender na internet seguem sendo referência em estilo de vida, conforto e bom gosto. A prova viva disso são esses perfis que separei. Entretanto, eles têm uma peculiaridade em comum: todos vivem na Espanha.

@kevingoke

@krloslopez

@cesarcorzoroyo

@cupofcouple

@pelayodiaz

Último lido: “Tem Que Vigorar!”, de Gil do Vigor

Imagem acervo pessoal.

Esse livro é muito mais que uma obra literária agradável, altamente didática e de fácil compreensão. Esse é o relato de uma vida de quem mirou e alcançou na vitória sendo ele mesmo. Entretanto, como está estampado na capa: “como me aceitei, venci na vida e realizei meus sonhos”, não teve um caminho fácil até aqui.

Gil do Vigor tem origem muito humilde e conta todas as dificuldades de sua infância sofrida pelas dificuldades da pobreza, passando pelos problemas com o pai (alcoólatra e adicto), tendo de driblar a falta de auto aceitação da homossexualidade (estigma do cristianismo, muito presente em sua vida), chegando até o sonho (já antigo) de participar do Big Brother Brasil.

Gil nos conta com muitos detalhes e em uma escrita muito franca e envolvente. É difícil não se envolver, se apegar e sentir empatia por essa pessoa admirável e muito simples. “Tem Que Vigorar!” é um daqueles livros que a gente termina suspirando e já pensando em amigos que gostariam de, ou precisam, ler. Uma super dica.

Nota: 5/5 ⭐⭐⭐⭐⭐

O que é moda? Uma breve linha do tempo da moda masculina

O que é moda para você?

MODA, segundo a Wikipédia:
Moda, comportamento de uma dada época histórica. É um sinônimo de “costume”. A palavra provém do termo latinomodus, através do francêsmode. Em sentido estrito, porém, “moda” costuma se referir especificamente aos diversos estilos de vestuário que prevalecem numa dada sociedade numa dada época histórica.” Então, assim, entendemos por moda as vestimentas que nos acompanham em dado período histórico.

A moda está em constante movimento e reinventa-se ao longo das alterações sofridas com os avanços da sociedade. Seu uso como parte de expressar no dia a dia quem se é pode ser um ato político, social, sociológico. O fato é que, a moda proporciona aos que a seguem inspiração, inovação e ousadia. E atualmente ninguém consegue ficar longe da moda, por mais desleixado e despreocupado com o assunto que a pessoa seja.

Antigamente, quem dominava o mercado da moda eram as mulheres, já que socialmente eram elas que deviam se preocupar com a beleza e com a casa. Os homens precisavam apenas trazer o sustento para a casa. Mas, com o começo do século XX, os olhos do mundo voltaram-se para o constante crescimento do mercado de moda masculina. O homem deixou de usar apenas o blazer, que até então era sua peça mais fashion, e passou a expandir sua visão de indumentária.

A evolução da moda masculina dos anos 1950 aos 2000

O cinema trouxe um grande marco para a moda masculina na década de 1950, na estreia do filme “Uma rua chamada pecado”, em que Marlon Brando usou como roupa camiseta e calça de alfaiataria para compor seu personagem. No mesmo período outro filme foi lançado com o galã da época, o ator James Dean, que usava camiseta branca, jaqueta de couro e calça jeans. Iniciou-se aqui um novo movimento, onde jovens passaram a usar calça jeans, camiseta e jaqueta de couro em sinônimo de rebeldia. Outro fator dominante: o rock estava nascendo e ele também trazia cantores, como Elvis Presley, vestidos com as mesmas peças do personagem de James Dean.

Aqui temos o ícone fashion James Dean em seu visual rebelde anos 50
Elvis Presley, outro ícone da moda masculina em 1950

Nos anos de 1960, com a chegada dos quatro “amadinhos” de Liverpol, os Beatles, a influência também ultrapassou os ouvidos e chegou até as roupas. No incício da década o que estava em alta era a alfaiataria, que ganhava o guarda roupa masculino. As chelsea boots também foram muito usadas aqui e pelos Beatles, inclusive. Ao longo da mesma década inseriram-se nas peças bordados e roupas mais coloridas, movimento que buscava a paz e queria protestar ao ar livre ganhou força tendo ídolos inspiradores como Jimi Hendrix e suas calças coloridas e coletes chamativos.

Beatles, alfaiataria e Chelsea Boots
Jimi Hendrix, um mito musical e fashionista

Na moda da década de 70, havia a moda unissex, ou seja, peças feitas tanto para o homem quanto para a mulher. Peças coloridas, calças amplas e também coloridas marcam o surgimento da era disco. As grandes bandas de rock’n roll surgindo e conquistando o público jovem. Mais uma vez outro estilo nasce: as camisetas de banda. Além disso, o movimento punk nasceu nesse mesmo período, trazendo camisetas com estampas em forma de protesto, calças rasgadas, acessórios e sapatos com spike e cabelos raspados no estilo sidecut.

Look da moda disco anos 70.
Acima ícones do movimento Punk setentista: Sex Pistols, Ramones e The Clash

Nos anos 80 a música continuaria ditando regras no mundo da moda masculina. Aqui entramos em uma década mais sobria e obscura, onde a moda do All Black (todo preto) ganhou força com bandas como The Cure e Depeche Mode. Também nesta década, o Rap e o Hip Hop começam a tomar conta da nossa história e, com isso, ditar tendência trazendo roupas mais coloridas e descoladas. Aqui ganham força as peças da Adidas e o sportwear.

A banda Depeche Mode arrasando no All Black
Anúncio da Adidas de 1987 mostrando o poder do sportwear

Os anos 90 marcam o surgimento do movimento grunge, que evidenciou as camisas de flanela e a abundância do uso do xadrezinho básico no mundo da moda (minha tendência favorita). Além de flanelas, o grunge nos trouxe o jeans rasgado (usado até os dias de hoje) e o listrado (também muito atual). O neno também foi uma super tendência que ganhou força e conquistou os guarda roupas na década de 90.

Kurt Cobain (líder da banda Nirvana) é a personificação do movimento Grunge e da moda da época
O Neon em uma de suas cores mais lindas (ao meu ver, claro), o verde

Chegamos aos anos 2000. Neste ano as releituras de tudo que já foi tendência foi o que mais vimos. Agora o que temos é uma mistura total do que foi vivido no passado e vários estilos circulam livremente em passarelas e nas ruas. mas ainda tivemos novidades como o Emo, um ser triste que ouvia músicas de rock (ou emo core, movimento musical da época) e era marcado por listras, jeans skinny e, é claro, franjas enormes. Não podemos esquecer de citar aqui a trend jeans sobre jeans, muito popular na época.

O Emo com sua franja, claça skinny e o visual meio dark
O jeans over jeans foi e ainda é tendência em moda masculina

Claro que esta foi apenas uma breve linha do tempo, citando, acredito, os maiores movimentos do mundo da moda masculina de 1950 aos anos 2000. Ainda há muita coisa que não foi aqui evidenciada.

O que teremos no futuro da moda masculina ainda é uma dúvida a ser respondida por tendências comportamentais, musicais, cinematográficas e das passarelas. Mas o que é fato é que o homem deixou de ser óbvio em suas composições e hoje pode desfilar uma grande gama de variados estilos em seus looks. Aguardemos para conferir quais serão nossas próximas principais trends.

Espero que tenham curtido o post. Aos novos por aqui, os convido a me siguir no Instagram:

instagram.com/braianavilaolive/